O presidente do Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Norte (Cremern), Marcos Jácome, criticou na última segunda-feira (18) o vereador de Natal Matheus Faustino (UNIÃO), que em suas ações de fiscalização nas unidades de saúde estaria “adoecendo as pessoas” e “cometendo um crime”.

A fala aconteceu durante uma audiência pública da Comissão de Saúde, Previdência e Assistência Social da Câmara Municipal de Natal que debateu o regime de contratação dos médicos pela Prefeitura. 

Jácome abriu o discurso destacando a valorização aos profissionais da área e disse que os conselhos profissionais são prioritariamente focados na fiscalização. Ele também elogiou a atuação de outros parlamentares que fazem essa atividade “para o bem”.

“Ou seja, fiscalizar aqui e conversar com a gestão ali, junto. Isso é maravilhoso. E aí, parabenizando essa equipe que pensa desse jeito, que age dessa forma, como ideal, como promissora e como responsável”, apontou.

Sem citar nomes diretamente, o presidente do Cremern iniciou uma comparação e repudiou a atuação de um outro vereador “que utiliza a palavra fiscalização para esculhambar com as pessoas”.

“Esse sujeito está adoecendo as pessoas que trabalham nas unidades de saúde. Ele não pode continuar fazendo isso. Ele está cometendo um crime, dizendo que está fazendo fiscalização. Em breve trarei para os senhores que estão aqui presentes o resultado de uma ação que está por vir. Ele não pode continuar fazendo isso. Não deve. Não é para o bem da saúde, não é para o bem da sociedade potiguar”, disse Marcos Jácome.

Ainda antes do presidente do Conselho, o vereador Luciano Nascimento (PSD) também fez outras críticas veladas, possivelmente destinadas a Faustino. 

“Tem muita coisa que está certa, a gente parabeniza. E o que está com dificuldade, a gente prepara ofícios, relatórios, encaminha para a Secretaria Municipal de Saúde, sem lacrar com ninguém, sem ir em busca de likes, em busca de notoriedade para se desfazer do servidor, que às vezes muito tempo tem médicos aí com salários atrasados, às vezes sem o piso, alguns servidores, aí vai chegar um agente público, querer lacrar atrás de likes. Isso ou não concordo. A gente visita as unidades e os equipamentos com respeito, parabenizando o que está certo e tentando ajudar no que está com dificuldade.”

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