O tenente-coronel Mauro Cid retirou sua tornozeleira eletrônica durante uma audiência no Supremo Tribunal Federal (STF) na tarde de segunda-feira (3). Ex-ajudante do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Cid começou a cumprir sua pena definitiva de dois anos de reclusão por envolvimento em trama golpista.

Desde setembro de 2023, quando deixou a prisão preventiva com um acordo de colaboração premiada homologado no STF, Cid utilizava tornozeleira eletrônica.

A audiência no STF durou pouco mais de 30 minutos e marcou o início formal do cumprimento da pena, além de informar a defesa sobre os próximos procedimentos relacionados à condenação.

Cid não se manifestou à imprensa no local. Pela manhã, sua equipe jurídica apresentou ao Supremo um pedido para extinguir a pena, alegando que o militar já cumpriu mais de dois anos em prisões preventivas e medidas cautelares.

O termo da audiência divulgado pelo STF indica que a defesa fez poucas perguntas, solicitando que o ministro Alexandre de Moraes avalie o pedido de extinção da pena e esclareça sobre um possível retorno de Mauro Cid às atividades no Exército Brasileiro.

Conforme divulgado anteriormente, o Exército foi informado da possibilidade de Cid retornar ao trabalho em 4 de novembro. Para evitar situações constrangedoras, a Força optou por conceder 60 dias de férias acumuladas ao militar.

Espera-se que nesse período o Exército conceda a aposentadoria a Mauro Cid.

O ministro Moraes estipulou sete medidas que o condenado deve seguir durante o cumprimento da pena.

Créditos: Folha de S.Paulo