Vídeos mostram início de incêndio em pavilhões da COP30 em Belém

Dois vídeos exibem os primeiros momentos do incêndio ocorrido na COP30, conferência da ONU para mudanças climáticas, na quinta-feira (20).
O fogo começou por volta das 14h03 próximo aos pavilhões da África e da East African Community, na zona azul da COP, local onde ficam estandes de países, entidades e as salas de negociações climáticas.
As chamas foram percebidas rapidamente pelos presentes, que evacuaram o local. Em pouco mais de um minuto, a fumaça se espalhou pelo entorno.
Um vídeo mostra que o fogo iniciou-se durante uma palestra no pavilhão da África, próximo ao pavilhão brasileiro. Naquele momento era realizada a última atividade do estande, intitulada “Dos Compromissos à Implementação: Financiamento e Transferência de Tecnologia para a Transição Energética Justa da África”.
As chamas surgiram atrás de uma divisória do pavilhão africano, bem perto dos debatedores. O fogo logo avançou pelas paredes, e um homem tentou apagar as labaredas com um extintor, sem sucesso. O teto do espaço foi danificado pelas chamas.
Segundo o mapa da zona azul, há três saídas de emergência próximas ao ponto inicial do incêndio.
Outro vídeo captado por câmera de vigilância mostra o começo do fogo em uma estrutura do pavilhão, mas não é possível identificar a origem precisa.
O Corpo de Bombeiros, por meio da assessoria do governo do Pará, indicou que a principal causa provável é o uso de um aparelho eletrônico, possivelmente um micro-ondas, porém a investigação segue em andamento.
O incidente ocorre em momento crítico da COP30, que deve encerrar nesta sexta (21), embora as negociações frequentemente ultrapassem o prazo.
A presidência da conferência tinha prometido decisões já na quarta-feira (19), o que não aconteceu.
Ainda não é possível avaliar o impacto do incêndio na programação, mas ele interrompeu as negociações a partir do meio da tarde.
A COP30 vem enfrentando problemas estruturais, incluindo falhas no ar-condicionado, áreas inundadas e preocupações da ONU sobre riscos elétricos e segurança.
Créditos: Folha de S.Paulo