Indicado de Benes Leocádio é demitido do comando da Codevasf no RN

Presidente do Clube de Tiro de Natal (CNT), o empresário Lindberg Natal Barbosa Tinôco foi demitido da superintendência da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) em Natal, Rio Grande do Norte. Ele era indicado pelo deputado federal Benes Leocádio (União Brasil).
A apuração é da colunista do UOL, Natália Portinari. Segundo ela, outros dois indicados por deputados do União também perderam cargos na estatal: Harley Xavier Nascimento, superintendente em Bom Jesus da Lapa (BA) — indicado por Arthur Maia (União-BA), e Thomas Jefferson França da Costa, que era o chefe da Companhia em Aracaju (SE) sob indicação de Yandra Moura (União-SE).
As demissões teriam ocorrido na sexta-feira (10), mas as demissões não foram publicadas no Diário Oficial até o momento. Arthur Maia, responsável por levar Harley Nascimento para a estatal, já confirmou a saída do seu aliado. A reportagem procurou a assessoria de Benes Leocádio para comentar a saída de Lindberg Tinôco da Codevasf no Rio Grande do Norte, mas não obtivemos retorno até a publicação desta matéria.
As quedas teriam ocorrido depois que o União Brasil anunciou, em setembro, a determinação para que seus integrantes deixassem o governo sob pena de punição por infidelidade, mas deixou espaço aberto para que os apadrinhados em órgãos por parlamentares permanecessem. Já o Planalto, segundo Natália Portinari, considerou que os filiados ao União Brasil não poderiam se manter com vantagens — como as indicações em estatais — se declarando oposição.
Além de presidente do Clube de Tiro de Natal, Lindberg Natal Barbosa Tinôco é proprietário de uma empresa do ramo na capital potiguar. Formado em administração de empresas, Tinôco é cunhado de Ezequiel Ferreira (PSDB), presidente da Assembleia Legislativa potiguar, que também apadrinhou a indicação.
Ele assumiu o cargo na Codevasf em 2023 depois que outro cotado para assumir a superintendência da estatal no RN, o ex-prefeito de Assú e ex-candidato a vice-governador Ivan Júnior (União), perdeu força por ter feito críticas duras a Lula e ao PT no passado. Como recompensa, Júnior virou chefe de gabinete de Benes Leocádio na Câmara dos Deputados.
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