A Policial Federal deflagrou na manhã desta sexta-feira (31/3), a Operação Viúvas Fake com o objetivo de combater fraudes contra a Previdência Social no Rio Grande do Norte.
Oito policiais federais e dois servidores da Coordenação de Inteligência Previdenciária – COINP do Ministério da Previdência Social – MPS, cumprem dois mandados judiciais de busca e apreensão nas cidades de Natal e Nova Cruz/RN, expedidos pela 14ª Vara Federal/RN.
As investigações, desenvolvidas no âmbito da Força-Tarefa Previdenciária no estado do Rio Grande do Norte, tiveram início a partir de uma apuração de fraude em benefício de pensão por morte auferido por suposta viúva, havendo ainda a notícia de que a envolvida seria agenciadora de aposentadorias indevidas mediante utilização de testemunhas e documentos falsos.
O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) obteve mais uma condenação de advogada que integrava uma facção criminosa que atua dentro e fora de presídios potiguares.
Wanessa Jesus Ferreira de Morais foi condenada a 3 anos e 6 meses de reclusão pelo crime de organização criminosa. Além dele, um preso com quem ela trocou mensagens para cometimento de crimes também foi condenado. Carlos Alessandro Teixeira Feliciano recebeu nova pena de 5 anos, 9 meses e 5 dias de reclusão.
Wanessa Jesus Morais foi alvo da operação Carteiras, deflagrada pelo MPRN em 8 de junho de 2022. A investigação apontou que a advogada exercia a função de “gravata” dentro da facção criminosa, o que não se aproxima nem de perto ao nobre exercício da advocacia, que é atividade lícita e revestida de prerrogativas constitucionais.
A advogada foi investigada pelo MPRN no período entre janeiro de 2021 e junho de 2022. Em 12 de julho de 2021, na penitenciária estadual Rogério Coutinho, Wanessa Jesus foi flagrada trocando ‘catataus’ (bilhetes) com Carlos Alessandro. No bilhete apreendido, o detento repassava ordens para os faccionados libertos de sua ‘quebrada’ (local onde domina).
Uma operação de fiscalização da Secretaria da Administração Penitenciária (Seap) resultou na prisão de cinco detentos do regime semiaberto monitorados com uso de tornozeleiras eletrônicas. Quatro descumpriram as regras do monitoramento e um, era foragido da Justiça, com mandado de prisão em aberto.
A ação foi registrada na noite desta segunda-feira (27) e contou com um efetivo de 44 servidores em 11 viaturas, saturou os bairros Planalto, Felipe Camarão, Guarapes e Vila de Ponta Negra, averiguando a situação dos tornozelados.
No bairro do Planalto, três monitorados que estavam violando as medidas impostas pela decisão judicial foram recolhidos. Segundo sentença da 1ª Vara das Execuções Penais, eles deveriam estar em casa às 20 horas e estavam nas ruas.
Em Felipe Camarão, além de um tornozelado detido por violar as regras do monitoramento, um outro acabou flagrado com mandado de prisão em aberto, sendo considerado foragido da Justiça. Nos demais bairros alvos da fiscalização não foram detectadas violações.
O Governo do Estado anunciou publicamente como serão utilizados os R$ 100 milhões destinados pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública no Rio Grande do Norte.
Dos R$ 100 milhões, R$ 75 milhões serão executados pelo Governo do Estado. Dessa fatia, R$ 49 milhões serão aplicados pela segurança pública e R$ 26 milhões pelo sistema prisional estadual.
O plano prevê aplicação de R$ 30 milhões para investimentos como a compra de veículos, aquisição de coletes balísticos e equipamentos de tecnologia da informação. Outros R$ 19 milhões serão destinados para custeio da segurança (locação de viaturas, atualização do controlador central do Ciosp e seguro da Aeronave, o Potiguar 02).
Também serão investidos R$ 19,3 milhões dos recursos que já estavam alocados para a segurança na modalidade fundo a fundo, antes dos atos criminosos. Com esse dinheiro, serão adquiridos 46 caminhonetes e quatro SUVs para o policiamento ostensivo (PM) e 02 caminhões ABT para o Corpo de Bombeiros Militar.
Dos R$ 26 milhões destinados ao sistema prisional do estado, R$ 14 milhões serão aplicados na ampliação de vagas e os outros R$ 12 milhões em infraestrutura.
Em ação conjunta das Forças-Tarefa Susp Natal e Força-Tarefa Susp Recife, a Polícia Federal, Polícia Civil e a Polícia Militar, prenderam na Região Metropolitana de Recife (PE), nesta sexta-feira (24), mais dois foragidos da Operação Normandia, cuja deflagração ocorreu em 17 de março de 2023, na capital potiguar. Os presos são integrantes de uma facção criminosa com atuação no Rio Grande do Norte.
A ação desta sexta foi realizada no interesse do inquérito policial instaurado pela PF em 2022, por meio do qual se identificou a atuação de uma facção criminosa dedicada ao tráfico de drogas e outros crimes graves, como roubos e homicídios.
Entre os alvos da operação Normandia estava um dos líderes dessa facção, já preso anteriormente, e apontado como responsável por ordenar os ataques acontecidos nesta semana em Natal e diversas cidades do interior potiguar.
A ação da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no Seridó contará com o reforço de 80 agentes. A título de comparação, atuam regularmente aqui na região 40 servidores.
De acordo com o inspetor Paulo Cunha, chefe da Delegacia da PRF no Seridó, os policiais estarão à disposição para atuar em todo o Seridó.
O diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Antônio Fernando Oliveira, vai desembarcar em Currais Novos e cumpre agenda em Mossoró nesta tarde. Ele retorna a Brasília ainda nesta quarta.
Uma pessoa foi presa em Acari nesta quarta-feira (22) durante ação de uma operação conjunta entre MPRN, PF, Seap e Força Nacional. Ainda não há confirmação da idade, nem a identidade do suspeito.
Ao todo, foram 13 prisões em todo o Rio Grande do Norte e outros 26 mandados de busca e apreensão. Houve apreensão de armas, drogas, aparelhos de telefonia celular, documentos e dinheiro vivo.
Todos os mandados foram direcionados a pessoas suspeitas de integrarem o Sindicato do Crime do RN (SDC), organização criminosa vinculada aos ataques à sociedade potiguar na última semana. Entre as 13 pessoas presas, uma é mulher. Dentro da facção, elas são conhecidas como “cunhadas” – mulheres de faccionados que acabam integrando a organização criminosa.
A operação visa combater a atuação de uma organização criminosa que, desde a última semana, vem promovendo atos criminosos em todo o Estado.
Em nota, o sindicato que representa os empresários do setor de hotéis, restaurantes, bares e similares subiu o tom contra o Governo do RN diante da onda de ataques criminosos. Os representantes do setor pedem “um basta” nessa situação e relatam perda de até 80% do faturamento.
De acordo com o SHRBS-RN, o percentual corresponde a alguns empreendimentos que atuam durante o período da noite. Para os restaurantes ou demais estabelecimentos que atuam durante o dia, essa perda varia entre 30% e 40%.
“O estrago está feito. E agora quem vai pagar a conta, mais uma vez, é o setor produtivo, em especial o setor de hospedagem e alimentação do Rio Grande do Norte”, afirmou o setor, em nota.
Confira a íntegra do posicionamento:
O estrago está feito. E agora quem vai pagar a conta, mais uma vez, é o setor produtivo, em especial o setor de hospedagem e alimentação do Rio Grande do Norte.
Chega a ser revoltante que logo em um momento que tentamos nos reerguer da pandemia da Covid-19, acontecer algo como esses ataques criminosos por pura falta de segurança pública.
A cadeia econômica do turismo movimenta 52 segmentos econômicos que, direta ou indiretamente, foram afetados pela insegurança vivida pelo estado há uma semana.
Para se ter ideia disso, houve relatos de perda de faturamento na faixa entre 30% e 40% para quem trabalha no almoço e de até 80% de quem trabalha à noite.
Hotéis, restaurantes, bares e casas de eventos preocupados em como “fechar a conta” diante de violência assustadora que já repercutiu nacional e internacionalmente afetando a imagem do nosso estado e, por tabela, do turismo como um todo.
Não bastasse tudo isso, os empresários ainda enfrentam a intransigência do Governo do Estado quanto ao pagamento de impostos. O setor produtivo não pede isenção, o que se quer é a prorrogação do prazo para o pagamento.
Mas ao que parece, para o Governo, o turismo não foi afetado pela onda de violência e vem “muito bem, obrigado”.
Mais uma vez, o Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares do Rio Grande do Norte afirma que o setor produtivo não pode nem deve ser penalizado pela ingerência do poder público em atuar numa área que, pela Lei, é de sua competência.
Está se tornando repetitivo e cansativo. É hora de dar um basta e o Estado precisa assumir o papel que lhe é devido na hora de gerir os serviços públicos na garantia de serviços básicos, como a segurança, para o cidadão do RN.
SINDICATO DE HOTÉIS, RESTAURANTES, BARES E SIMILARES DO RIO GRANDE DO NORTE (SHRBS-RN)