Promotor Lincoln Gakiya é alvo de novo plano de ataque do PCC em São Paulo

29 de outubro de 2025

Promotor Lincoln Gakiya é alvo de novo plano de ataque do PCC em São Paulo

Lincoln Gakiya, promotor de Justiça, está há pelo menos 20 anos jurado de morte pelo Primeiro Comando da Capital (PCC) e tem escolta policial 24 horas há uma década.

Ele é integrante do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público de São Paulo) e figura central no combate à facção. A primeira ameaça contra ele aconteceu em 2005.

Entre suas ações de destaque está a responsabilidade pela transferência da alta liderança do PCC para presídios de segurança máxima.

Em fevereiro de 2019, Marco Willians Herbas Camacho, conhecido como Marcola e chefe do PCC, foi um dos 22 membros da facção transferidos após operação que descobriu um plano do grupo para resgatar líderes presos na penitenciária 2 de Presidente Venceslau, pedido feito por Gakiya.

Cartas encontradas no presídio citavam ataques contra autoridades públicas como retaliação aos movimentos contra o PCC, e o promotor estava entre os alvos.

Nas redes sociais, Gakiya tem cerca de 20 mil seguidores e já participou de entrevistas nas quais afirmou que o PCC funciona praticamente como uma organização terrorista, capaz de agir sem ordens diretas dos líderes.

Nesta sexta-feira (24), o Ministério Público de São Paulo e a Polícia Civil realizam uma operação contra planos do PCC para atacar autoridades de São Paulo, com Lincoln Gakiya sendo um dos principais alvos.

Roberto Medina, coordenador de presídios da Região Oeste paulista, também está na lista de possíveis alvos da facção.

São cumpridos 25 mandados de busca e apreensão em cidades como Presidente Prudente, Álvares Machado, Martinópolis, Pirapozinho, Presidente Venceslau, Presidente Bernardes e Santo Anastácio.

As investigações revelam uma célula do crime organizado altamente disciplinada que realiza levantamentos detalhados das rotinas de autoridades públicas e familiares para preparar atentados.

O esquema envolvia divisão rigorosa de tarefas, onde cada integrante tinha funções específicas sem ter conhecimento do plano completo, dificultando sua descoberta.

O plano foi detectado e neutralizado durante a fase de reconhecimento e vigilância. Materiais e equipamentos foram apreendidos para perícia, que pode ajudar a identificar os responsáveis pela etapa de execução do atentado.

A operação, chamada “Recon”, conta com apoio da Polícia Militar e Polícia Penal e visa capturar envolvidos e obter provas para localizar outros participantes do plano e mapear toda a cadeia de comando criminosa.

Créditos: CNN Brasil

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