O ex-jogador Robinho, condenado por estupro na Itália, foi transferido na manhã desta segunda-feira (17) para um presídio em Limeira, no interior de São Paulo.

Desde março de 2024, ele estava detido na Penitenciária II de Tremembé, conhecida como o “presídio dos famosos”.

Robinho cumpre uma pena de 9 anos pelo estupro coletivo ocorrido em 2013 na Itália. A transferência foi confirmada pela Secretaria da Administração Penitenciária, após solicitação da defesa.

Apesar de um pedido anterior feito em outubro para a Justiça visando a mudança para outro presídio do estado, este foi negado, pois a Justiça indicou que o pedido deveria ser feito diretamente à Secretaria.

A defesa apontou que Robinho tem conduta exemplar, sem faltas disciplinares, é réu primário e indicou três possíveis unidades para transferência: Bragança Paulista, Rio Claro e Limeira, sendo esta última escolhida.

O Centro de Ressocialização de Limeira foca em manter o contato dos detentos com suas famílias e promover atividades como cursos e trabalhos para a comunidade local, incluindo a pintura de escolas e a manutenção de praças.

Já a unidade em Tremembé é dedicada a presos de alta repercussão, buscando um ambiente seguro e evitando conflitos entre internos. Apesar de contar com várias formações e atividades, tem poucas ações externas.

Uma das razões para a transferência descrita pela defesa foi a possível desativação da Penitenciária II de Tremembé, que será transferida para Potim em breve. Assim, a mudança para Limeira visa oferecer um ambiente mais adequado ao perfil de Robinho, incentivando a ressocialização por meio de estudos e trabalho.

O empresário Thiago Brennand, também condenado por crimes contra mulheres, foi transferido recentemente para um presídio em Guarulhos, conforme pedido da defesa.

Em outubro, ambos fizeram declarações em vídeo sobre a rotina na P2 de Tremembé, negando privilégios ou tratamentos diferenciados em reação ao livro “Tremembé, o presídio dos famosos”.

Robinho está na P2 de Tremembé desde 22 de março de 2024, dividindo uma cela comum de 2 x 4 metros com outro detento, no pavilhão destinado a presos de crimes de grande repercussão no país.

Ele deve permanecer em regime fechado até pelo menos 2027, antes de poder progredir para o regime semiaberto, conforme previsto pelo artigo 112 da Lei de Execuções Penais, que determina o cumprimento mínimo de 40% da pena em regime fechado para crimes hediondos cometidos por réu primário.

Créditos: g1 Vale do Paraíba e Região