Styvenson Valentim lidera gastos entre senadores do RN em 2025

O senador Styvenson Valentim (Podemos) lidera em 2025 os gastos com Cota para o Exercício da Atividade Parlamentar (CEAP) entre os representantes do Rio Grande do Norte no Senado. Até 10 de julho, ele utilizou R$ 252.343,02, tornando-se também o 18º em despesas entre todos os 81 parlamentares da Casa.
Ao todo, os três senadores potiguares — Styvenson Valentim, Zenaide Maia (PSD) e Rogério Marinho (PL) — já consumiram R$ 714.534,19 da cota neste ano, de acordo com dados disponibilizados pelo Senado Federal.
O uso da CEAP é destinado à cobertura de despesas vinculadas à atividade de cada parlamentar, como transporte, alimentação, divulgação, aluguel de escritórios e passagens aéreas.
Dos mais de R$ 252 mil utilizados por Styvenson, R$ 175 mil foram destinados exclusivamente à divulgação de suas ações parlamentares. O segundo maior item de despesa é a rubrica “Locomoção, hospedagem, alimentação e combustíveis”, com R$ 64.950,76.
Os gastos de Styvenson Valentim cresceram substancialmente ao longo do mandato. Em 2024, ele registrou o recorde em valores, com R$ 485 mil. O montante é quase quatro vezes maior que a soma de gastos nos três primeiros anos de mandato. Em 2019, primeiro ano de Casa, o valor foi de R$ 78 mil. Entre 2020 e 2021, por conta da pandemia de Covid-19, a cota total de Valentim foi de R$ 44 mil. Já em 2022 e 2023, os valores foram de R$ 430 mil e R$ 377 mil, respectivamente.
Entre os demais senadores potiguares, a senadora Zenaide Maia aparece em segundo lugar em despesas, com R$ 249.277,22. Já o senador Rogério Marinho é o que menos utilizou a cota até o momento, com R$ 212.913,95.
Apesar de liderar em gastos no exercício parlamentar, Styvenson Valentim tem o menor gabinete entre os três senadores do estado. Ele conta com o auxílio de 13 servidores. Zenaide Maia mantém 17 servidores e Rogério Marinho, 23.
Recentemente, Styvenson foi alvo de críticas após nomear a companheira, Ana Luísa Canário Carlos de Andrade, para um cargo comissionado no Senado. A nomeação ocorreu em 27 de novembro de 2024, para a função de assistente parlamentar pleno da 2ª Vice-Presidência, com salário de R$ 16.112,25. Exonerada em fevereiro deste ano, ela recebeu mais de R$ 12 mil em verbas rescisórias. Poucos meses depois, em 9 de junho, Ana Luísa foi nomeada coordenadora de gestão integrada da Secretaria Municipal de Governo de Natal, com salário de R$ 14,4 mil, conforme a portaria nº 2.324/2025 publicada no Diário Oficial do Município.
Resposta de Styvenson
Em nota oficial, o senador Styvenson disse que os gastos “devem ser analisados à luz de todo o seu histórico parlamentar”. Mesmo com o valor absoluto atual, Styvenson mantém uma das médias anuais de gasto mais baixas entre os senadores do Rio Grande do Norte desde 2019 — R$ 337,6 mil por ano, bem abaixo dos demais colegas, atuais e passados, de bancada, como Zenaide Maia (R$ 486,99 mil) e Jean-Paul Prates (R$ 481,4 mil).
Além disso, diferentemente de outros gabinetes, os gastos de Styvenson têm foco prioritário na divulgação das atividades parlamentares — o que reforça sua política de transparência e prestação de contas à população. O senador não utiliza recursos para segurança privada, usou auxílio-moradia apenas pontualmente e mantém uma estrutura enxuta, com custos controlados de pessoal e passagens.
O estilo de gestão adotado por Styvenson segue um princípio claro: fazer mais com menos, sem abrir mão da atuação parlamentar ativa, técnica e independente. A opção por não inflar gabinete, não multiplicar escritórios e não reproduzir os velhos vícios da política tradicional é uma escolha deliberada — e que se reflete diretamente na qualidade dos gastos, mesmo quando os números brutos sugerem o contrário.
Líderes em gastos no Senado
O senador Rogério Carvalho (PT) lidera a lista dos 20 parlamentares que mais utilizaram a Cota para o Exercício da Atividade Parlamentar do Senado (CEAPS). Ele solicitou o reembolso de R$ 334.477,27. Em seguida, aparecem os senadores Beto Faro (PT), com R$ 328.959,38, e Laércio Oliveira (PP), com R$ 306.670,43 em despesas.
A lista dos dez primeiros colocados segue com Luis Carlos Heinze (PP) (R$ 305.272,99), Augusta Brito (PT) (R$ 302.684,16) e Jussara Lima (PSD) (R$ 302.300,09). Plínio Valério (PSDB) (R$ 279.957,90), Marcelo Castro (MDB) (R$ 279.931,35), Nelsinho Trad (PSD) (R$ 278.930,35) e Eduardo Braga (MDB) (R$ 274.045,33).
Na sequência, estão os senadores Zequinha Marinho (PL) (R$ 272.761,30), Randolfe Rodrigues (PT) (R$ 268.881,65) e Lucas Barreto (PSD) (R$ 266.363,78). A lista inclui ainda Mecias de Jesus (REPUBLICANOS), Soraya Thronicke (PODEMOS) e Omar Aziz (PSD), com valores que superam os R$ 257 mil. Os senadores Veneziano Vital do Rêgo (MDB), Styvenson Valentim, Jorge Seif (PL) e Zenaide Maia completam a lista.
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