EUA retiram sanções contra Alexandre de Moraes e esposa da Lei Magnitsky

12 de dezembro de 2025

EUA retiram sanções contra Alexandre de Moraes e esposa da Lei Magnitsky

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), declarou nesta sexta-feira (12) que a retirada das sanções impostas pelos Estados Unidos contra ele e sua esposa, Viviane Barci de Moraes, representa uma “vitória tripla do Judiciário” brasileiro.

Ele expressou gratidão pelo esforço do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante as negociações com o governo dos EUA.

As sanções, baseadas na Lei Magnitsky, que o governo americano utiliza para punir estrangeiros, foram retiradas do ministro e da esposa, sem que o comunicado oficial dos EUA explicasse os motivos.

Moraes foi incluído na lista de sancionados em julho de 2025, o que acarretou o bloqueio de quaisquer bens seus, de sua esposa e de uma empresa do casal nos Estados Unidos. Além disso, cidadãos americanos foram proibidos de realizar qualquer transação envolvendo esses bens ou interesses, dentro ou fora do território americano.

O g1 apurou que Lula enviou uma mensagem de agradecimento ao então presidente Donald Trump após o anúncio da retirada. No entanto, o presidente brasileiro voltou a criticar o uso das sanções contra autoridades brasileiras.

Em nota publicada no X (antigo Twitter), o deputado Eduardo Bolsonaro manifestou “pesar” pela decisão dos EUA. Ele e Paulo Figueiredo, seu aliado e neto do último presidente da ditadura militar, são apontados como os principais articuladores das sanções junto ao governo americano.

Moraes fez essas declarações durante o lançamento do canal de notícias SBT News em São Paulo.

Fontes do Itamaraty confirmaram ao g1 que havia sinais antecipados da possível retirada das sanções após o telefonema entre Lula e Trump. A questão foi discutida em reuniões ministeriais e ao mais alto nível presidencial entre Brasil e Estados Unidos.

O assessor de Política Externa da Presidência, Celso Amorim, qualificou a decisão como “movimento positivo para que as relações voltem à normalidade”.

As sanções fazem parte de um contexto maior de medidas adotadas pelos EUA, incluindo impostos adicionais sobre produtos brasileiros, conhecidos como “tarifaço”. Em novembro, Trump retirou tarifas de 40% sobre alguns produtos, mas outras categorias permanecem com taxas elevadas.

Um funcionário da administração Trump classificou as sanções como “inconsistentes” com os interesses norte-americanos e reconheceu avanços diplomáticos com o PL da Dosimetria como “um passo na direção certa”.

No entanto, membros do governo brasileiro consideram essa postura como uma tentativa desesperada de justificar as sanções. Diplomatas indicaram que Trump já havia sinalizado a retirada das sanções após sua conversa com Lula no dia 2 de dezembro.

O presidente Lula havia antecipado publicamente que notícias positivas ocorreriam nos próximos dias.

Créditos: g1

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