Em 2025, um medicamento inovador chamado ATR-258 promete transformar o tratamento do diabetes tipo 2 e da obesidade. Diferente dos métodos tradicionais, que atuam na produção de insulina ou no sistema digestivo, ele age sobre o músculo esquelético para aumentar a absorção de glicose e gordura, simulando efeitos similares ao exercício físico.

Essa nova abordagem foi desenvolvida pela empresa sueca Atrogi AB, em parceria com o Instituto Karolinska e a Universidade de Estocolmo. A partir de dezembro de 2025, começam os estudos de Fase 2 para avaliar a eficácia do ATR-258 em seres humanos, posicionando-o como uma alternativa aos medicamentos Ozempic e Mounjaro, que atuam pelo aumento da insulina e pelo controle do apetite, respectivamente.

O ATR-258 pertence a uma nova classe chamada agonistas enviesados, pois ativa específicas vias de sinalização nas células musculares, reduzindo efeitos colaterais como taquicardia. Ele se liga ao receptor β2-adrenérgico, focando no metabolismo celular sem sobrecarregar o coração.

Sua ação metabólica específica nos músculos auxilia no controle da glicemia sem elevar a produção de insulina ou provocar saciedade. Além disso, o medicamento pode preservar a massa muscular, um benefício frente aos agonistas de GLP-1, que costumam causar perda significativa de músculo.

Na Fase 1 dos testes clínicos, realizada com 48 voluntários saudáveis e 25 pacientes com diabetes tipo 2, o ATR-258 mostrou perfil de segurança promissor. A próxima etapa, a Fase 2, é fundamental para confirmar os benefícios metabólicos e a proteção da musculatura já observados em estudos com animais.

Se aprovado, o ATR-258 poderá ser uma opção de tratamento oral para diabetes e obesidade, especialmente em combinação com agonistas de GLP-1. Também há potencial para seu uso no combate à sarcopenia e a distrofias musculares, ampliando sua aplicação terapêutica.

Ao oferecer uma nova estratégia para controlar o diabetes tipo 2, que inclui aumento ou manutenção da massa muscular, o ATR-258 traz ganhos adicionais à saúde geral do paciente. A preservação muscular está relacionada a melhor qualidade de vida e maior longevidade.

Segundo Tore Bengtsson, líder do estudo na Universidade de Estocolmo, o medicamento pode melhorar a saúde metabólica enquanto mantém a massa magra, equilíbrio essencial para o bem-estar físico e a expectativa de vida dos pacientes.

Créditos: Estado de Minas