Emoção: Auto de Natal presta homenagem a Zaira Cruz; veja vídeo

Um trecho do Alto de Natal citou de forma indireta a currais-novense Zaira Cruz, assassinada durante o Carnaval de 2019, em Caicó. A peça tem texto e direção de Carlos Medeiros e o trecho em questão chamou atenção do público presente neste sábado (16) Largo do Tungstênio, em Currais Novos
O momento em que ela é citada, de forma indireta, é feita uma homenagem a diversas mães que perderam seus filhos de forma precoce.
“Ela só queria se divertir assim como tantos jovens. Foi para uma festa de Carnaval, assim como tantas pessoas, e lá lhe tiraram a vida brutalmente pelo motivo mais insensato (…)”, disse a atriz que performava uma mãe. A obra ficcional não citou nomes, mas a associação com a história de Zaira foi imediata.
A obra tem direção e texto de Carlos Medeiros. Além da história de Zaira, outras sete mães tiveram, também indiretamente, suas histórias contadas.
Hoje, quatro anos depois, o acusado do crime, Pedro Inácio Araújo de Maria, ainda não foi julgado. Sargento da Polícia Militar, ele segue preso no quartel da corporação, em Natal.
A data para a realização do júri popular do acusado ainda é incerta. Segundo a mãe da vítima, há expectativa desde o final do ano passado para que seja marcado, o que não se concretizou e vem se arrastando neste ano. Em entrevista ao g1 no último mês de julho, Ozanete Dantas, mãe de Zaira, falou sobre a angústia da história ainda não ter tido um desfecho.
“Tem dias que fico feito uma louca, acordo justamente no horário em que ela foi assassinada, ainda pego minha outra filha chorando, olhando para fotos de Zaira. Eu a perdi no auge de sua juventude, essa demora no julgamento é angustiante demais”, disse.