O Instituto Médico Legal (IML) de João Pessoa (PB) divulgou na tarde desta segunda-feira (1) que a morte de Gerson de Melo Machado, 19 anos, resultou de um choque hemorrágico causado pelo perfuramento de vasos cervicais, provavelmente pela mordida de uma leoa no Parque Zoobotânico Arruda Almeida no último fim de semana.

Ainda conforme o IML, será realizado um exame toxicológico complementar e o corpo passará por exame de identificação técnica antes de ser liberado à família, ao término dos procedimentos legais.

A bióloga Marília Maia, responsável pela leoa, explicou em vídeo divulgado nas redes sociais junto ao parque que o ataque representou um comportamento natural da espécie. Ela ressaltou que o animal não se alimentou da vítima e se afastou após o ocorrido.

Imagens gravadas por presentes mostram o momento em que Gerson desce de uma árvore e é atacado pelo animal nas pernas e no pescoço. A administração municipal confirmou à CNN Brasil que o jovem invadiu o cercado intencionalmente, escalando as estruturas de segurança e grades.

Por precaução, o parque foi fechado para remoção do corpo e investigação, conduzida pela Secretaria de Meio Ambiente (Semam). O parque informou que permanecerá fechado à visitação até a finalização das apurações e procedimentos oficiais, garantindo transparência e segurança aos visitantes, funcionários e animais.

Gerson, conhecido como “Vaqueirinho de Mangabeira”, apresentava transtornos mentais e acumulava 16 registros policiais desde a adolescência, 10 deles quando menor de idade. Ele estava em liberdade desde 28 de julho. A conselheira tutelar Verônica Oliveira, que o acompanhava, informou que ele foi encaminhado ao Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), mas fugiu.

O recinto da leoa tem uma parede com mais de 6 metros de altura. O jovem escalou essa estrutura e ultrapassou as grades antes de acessar a árvore que dá acesso ao espaço onde estava o animal.

Créditos: CNN Brasil