O ex-senador do Rio Grande do Norte e ex-presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, anunciou sua filiação ao Partido Democrático Trabalhista (PDT) com vistas às eleições de 2026. A oficialização ocorreu durante reunião do diretório nacional do PDT, no último sábado (6), conduzida pelo presidente nacional da sigla, Carlos Lupi.

Jean Paul encerrou sua associação ao Partido dos Trabalhadores (PT) em novembro, após 12 anos no partido. Em sua carta de desfiliação, ele mencionou ter tomado a decisão após diálogo com a governadora Fátima Bezerra e destacou sua intenção de integrar a chapa majoritária ao Senado em 2026, com a posição ainda a ser definida.

O ato oficial de filiação ao PDT está programado para sexta-feira (12), em Natal. Além do PDT, Jean Paul também recebeu convites do Partido Verde (PV) e do Movimento Democrático Brasileiro (MDB).

Jean Paul iniciou sua carreira política em 2014, quando foi eleito suplente de Fátima Bezerra para o Senado. Em janeiro de 2019, assumiu o cargo de senador após Fátima Bezerra ser eleita governadora do Rio Grande do Norte.

Nas eleições municipais de 2020, o PT lançou Jean Paul como candidato à Prefeitura de Natal. Ele conquistou o segundo lugar, com 49.494 votos, equivalentes a 14,38%, ficando atrás de Álvaro Dias.

Em 2023, foi nomeado pelo presidente Lula para presidir a Petrobras, cargo que assumiu após participar da equipe de transição do ministério de energia. Logo após sua nomeação, renunciou ao mandato no Senado, sendo sucedido por Theodorico Netto.

Jean Paul deixou a presidência da Petrobras em maio de 2024, após ser demitido pelo presidente Lula, em meio a desgaste político. Segundo ele, sua saída foi acompanhada por “ruídos internos e desinformação” e as negociações políticas recentes do PT no Rio Grande do Norte indicaram que seu espaço no partido estava diminuído, apesar do respeito que mantém às decisões e à dinâmica de diálogo político.

Anteriormente, Jean Paul atuou como secretário de Energia e Assuntos Internacionais do Rio Grande do Norte durante o governo de Wilma de Faria, entre 2008 e 2010.

Créditos: Tribuna do Norte