Jota Júnior, ex-narrador da Globo, processa emissora em R$ 15 milhões após demissão

14 de junho de 2023

Jota Júnior, ex-narrador da Globo, entrou com processo no último mês contra a emissora, pedindo o reconhecimento de seus direitos trabalhistas ao longo dos 24 anos que trabalhou no grupo. Demitido no último mês de março, o profissional continua sem trabalhar e pede cerca de R$ 15,8 milhões em compensações financeiras por adicional noturno, hora extra e acúmulo de função no período.

Ao longo dessas duas décadas, Jota trabalhou como Pessoa Jurídica (PJ), sem carteira assinada. A Globo não quis comentar o processo movido pelo ex-funcionário.

O processo corre no Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-2), na 82ª Vara do Trabalho de São Paulo. A informação foi inicialmente divulgada pelo portal Notícias da TV e confirmada pela reportagem do Estadão. O narrador iniciou o processo em maio, cerca de dois meses após ser demitido pela emissora, e a audiência está marcada para o próximo dia 7 de julho.

Jota Júnior e sua defesa, liderada pelos advogados Christiam Mohr Funes e Alessandro José Silva Lodi, entendem que, ao longo das duas décadas que o narrador trabalhou no grupo, houve vínculo empregatício. O narrador também sofreu uma redução salarial em seus últimos anos na emissora, em um período que o grupo passou a regularizar a situação de seus funcionários segundo a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT).

“Ele trabalhou 24 anos na Globo, sendo que 20 destes foram sem carteira assinada, fazendo a emissão de nota fiscal. Como a atividade dele sempre foi a mesma, tanto do período sem registro quanto o registrado, estamos pedindo na Justiça que seja reconhecido todo este período como empregado. Até porque isso impacta para fins de aposentadoria”, afirmou Lodi, ao Estadão.

Estadão Conteúdo

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