Laudo da PF recomenda cirurgia de hérnia para Bolsonaro ao STF

A Polícia Federal enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um laudo que indica a necessidade de cirurgia para o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) devido a uma hérnia inguinal bilateral.
O documento, destinado ao ministro Alexandre de Moraes, recomenda que o procedimento cirúrgico seja realizado “o mais breve possível”. Segundo o laudo, Bolsonaro é portador da condição e precisa de reparo cirúrgico eletivo.
Embora não se trate de uma situação de urgência ou emergência, visto que não há relato de encarceramento ou estrangulamento das hérnias, a perícia ressalta que a cirurgia é necessária devido à resistência aos tratamentos adotados, à piora do sono e da alimentação do ex-presidente, além do aumento do risco de complicações causadas pelo quadro herniário.
A avaliação foi feita por médicos da Polícia Federal após visita à cela de Bolsonaro para analisar seu estado de saúde e a necessidade da cirurgia. Conforme o laudo, após a última cirurgia, considerada a sétima realizada até agora, os soluços persistiram e se mantêm com uma frequência de aproximadamente 30 a 40 episódios por minuto.
O laudo destaca também que houve piora progressiva da hérnia, provavelmente causada pelo aumento da pressão intraabdominal gerada pelos soluços e tosse crônica.
O ministro Alexandre de Moraes solicitou a perícia antes de decidir sobre o pedido da defesa de Bolsonaro para a realização da cirurgia. Moraes é responsável pela execução penal do ex-presidente e determinará se o procedimento deverá ser feito.
Bolsonaro passou por exames de ultrassom no fim de semana anterior, que confirmaram o diagnóstico de hérnia e indicaram cirurgia que o deixaria internado por cinco dias. A defesa indicou que a operação seria realizada no hospital DF Star, onde sua equipe médica habitual atende.
Os advogados haviam solicitado cirurgia urgente após o ultrassom e também pedem que Bolsonaro cumpra o regime domiciliar em virtude das sequelas do atentado a faca sofrido em 2018 durante a campanha eleitoral.
Atualmente, Bolsonaro cumpre pena de 27 anos na Polícia Federal. Ele está preso após ter violado sua tornozeleira eletrônica, que havia sido imposta em prisão domiciliar por descumprimento de medidas cautelares.
Créditos: UOL