Mais da metade dos municípios do RN vai receber novos prefeitos com problemas financeiros
Mais de 50% dos municípios do Rio Grande do Norte deverão enfrentar desafios financeiros a partir de janeiro de 2025. Segundo dados da Secretaria do Tesouro Nacional, a respeito do índice de Capacidade de Pagamento (Capag), 93 cidades potiguares receberam nota C, o que representa resultados preocupantes para endividamento, liquidez e poupança corrente.
Dentre as mais de 90 cidades citadas com nota C, estão cidades como: Natal, Caicó, Assu, Goianinha, Ceará-Mirim, Extremoz, Guamaré, Monte Alegre, Pau dos Ferros, Tangará.
Apenas 20 municípios, apresentam índice de “nota A” para o Capag, dentre essas cidades estão Mossoró, Acari e Currais Novos. Já com “nota B” estão 25 municípios. No entanto, 29 municípios não enviaram os dados ao Tesouro.
Segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), este dado está relacionado ao “baixo dinamismo econômico da região, a baixa expressão proporcional na economia brasileira e o histórico recente de crescimento baseado principalmente na transferência de recursos colocam os municípios do Rio Grande do Norte com elevada vulnerabilidade do ponto de vista fiscal”.
Diante desse cenário financeiro, apenas no âmbito da liquidez, 76 dos municípios não têm caixa financeiro.
“Observamos uma situação preocupante para o Rio Grande do Norte”, definiu Luciano Santos, presidente da Federação dos Municípios do Rio Grande do Norte (Femurn), diante da situação do resultado do CAPAG.
No município de Lagoa Nova, cujo prefeito é Luciano Santos, por exemplo, é um dos que possui CAPAG com a nota C, o que, neste momento, o impossibilita de contrair um empréstimo com instituição financeira.
Luciano destaca os principais fatores para os municípios entrem nessa situação. “É importante destacar que a condição da CAPAG na maioria dos 93 municípios do estado decorre principalmente de dívidas com a Previdência Social ou internas, afetando o financiamento da administração municipal, incluindo o pagamento de salários”.
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