Natal concentra maior parte das favelas e comunidades urbanas do RN

11 de novembro de 2024

Natal concentra 73 das 101 favelas e comunidades urbanas do Rio Grande do Norte, de acordo com os dados divulgados pelo Censo Demográfico 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse número representa 72,3% das áreas insalubres do estado. Em seguida, estão os municípios de Mossoró, com 12 áreas (11,9%), São Gonçalo do Amarante, com 9 (8,9%), e Parnamirim, com 6 (5,9%).

Essas comunidades são definidas pelo IBGE como áreas com infraestrutura e serviços urbanos muitas vezes precários, construídas por populações que, em razão da ausência de políticas públicas e investimentos privados, autogestionam suas necessidades de moradia, comércio e serviços essenciais. Em Natal, as maiores concentrações populacionais estão em Jardim Progresso, com 20.061 habitantes, Vila de Ponta Negra (9.877) e Mãe Luíza (9.426).

No Brasil, a população em favelas e comunidades urbanas chega a 16,3 milhões de pessoas, das quais 175 mil estão no Rio Grande do Norte. Em Natal, residem 146 mil desses habitantes, sendo a maioria composta por mulheres (52,3%) e pessoas jovens – cerca de 47,5% têm até 30 anos.

No estado, 31,2% dos domicílios em favelas e comunidades urbanas apresentam condições inadequadas de esgotamento sanitário. Em algumas cidades, como Extremoz, esse índice ultrapassa os 90%, enquanto em Mossoró e Parnamirim, 43,7% e 34% dos domicílios, respectivamente, enfrentam o mesmo problema.

Tribuna do Norte

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