PL atribui prisão de Bolsonaro a intolerância religiosa e busca votar anistia

O Partido Liberal (PL) declarou nesta segunda-feira (24.nov.2025) que a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro, determinada pelo ministro do STF Alexandre de Moraes no sábado (22.nov.2025), foi motivada por “intolerância religiosa”.
Em reunião realizada na segunda-feira, 50 políticos do partido discutiram estratégias para lidar com a situação de Bolsonaro, que estava em prisão domiciliar antes da decisão de prisão preventiva. A principal meta do PL é votar nesta semana no plenário da Câmara um projeto de anistia que beneficiaria os acusados nos atos de 8 de janeiro e na tentativa de golpe nas eleições de 2022.
Após o encontro, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho mais velho do ex-presidente, afirmou que não abrirá mão de “buscar isentar pessoas inocentes de punições absurdas”. Ele destacou que a prisão domiciliar de Bolsonaro foi revogada com base em intolerância religiosa.
A determinação da prisão de Bolsonaro ocorreu depois que o ministro Moraes entendeu que uma vigília convocada por Flávio poderia causar tumultos e facilitar uma possível fuga do ex-presidente. Segundo o PL, isso caracterizaria preconceito religioso.
Flávio Bolsonaro também afirmou que o objetivo principal a partir de agora é a aprovação do projeto de anistia. O partido tentará incluir essa pauta na reunião de líderes da Câmara prevista para terça-feira (25.nov), ainda sem horário definido, para pressionar o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), a levar a proposta ao plenário.
O projeto de anistia, apresentado pelo deputado Marcelo Crivella (Republicanos-RJ) em 2023, teve o pedido de urgência aprovado em 17 de setembro, representando uma vitória para a oposição ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Na segunda-feira anterior (17.nov), Hugo Motta havia confirmado que o texto voltaria a ser debatido na Câmara em breve.
Créditos: Poder360