“Pacote de joias poderia ser qualquer coisa”, diz Flávio Bolsonaro

O senador Flávio Bolsonaro (PL) afirmou que não houve “má-fé” do governo Bolsonaro na tentativa de entrar no País com um conjunto de joias avaliado em R$ 16,5 milhões – o pacote ficou retido na Receita Federal, no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo.
O parlamentar afirmou que o presente entregue pela Arábia Saudita poderia conter qualquer coisa, inclusive “um copo d’água”, e que os membros do governo não sabiam do conteúdo do presente ao passar pela alfândega. O caso foi revelado pelo Estadão.
“Ninguém sabia o que tinha lá dentro. Podia ser um copo d’água. E se tivesse má-fé, ninguém ia fazer o trajeto de passar pelo raio-x da Receita, não ia trazer num voo comercial”, disse ao jornal Folha de S. Paulo.
Segundo o senador, o fato de as joias terem ficado mais de um ano paradas na alfândega provaria que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não tinha interesse nelas. Na entrevista, ele usou o mesmo argumento que o sargento Jairo Moreira da Silva, que foi enviado a Guarulhos em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) em 29 de dezembro de 2022 e alegou que os itens não poderiam ficar para o próximo presidente.
“Para você ver, tanto não ligaram para os presentes que isso ficou desde 2021 parado. Aí quando foi fazer o levantamento, acredito eu, de tudo que tem de acervo lá, você tem que tirar a mudança do Alvorada e levar para algum lugar, não dá para deixar as coisas do presidente Bolsonaro para o próximo presidente. É nessa linha de raciocínio”, disse Flávio.
No entanto, o Estadão mostrou que o governo Bolsonaro fez 8 tentativas para o ex-presidente ficar com joias de R$ 16,5 milhões entre outubro de 2021 a dezembro de 2023.
Estadão Conteúdo